Em agosto deste ano (2022) eu fiz uma postagem chamada “A ferramenta e o resultado do trabalho“, onde eu tive um despretensioso “insight“:
“…Precisamos “comunicar com dados”. É a razão da existência deles. Dados precisam contar histórias, apresentar fatos e constituir evidências.”
Desde então fiquei com a clara percepção de que, como “pesquisadores”, somos “contadores de histórias” (Storytellers). Isso quer dizer que, com os dados coletados em nossas pesquisas, devemos ser capazes de construir uma narrativa relevante para formar uma história com enredo, personagens e ambiente para passar uma mensagem central. E é isso que fazemos em nossos artigos científicos, quando queremos comunicar com nossos pares. Fomos treinados e condicionados para isso. Porém, fomos treinados e incentivados a fazer essa comunicação em formatos muito específicos, como apresentações e painéis em congressos, e artigos científicos, geralmente de forma bem cartesiana, pouco criativa e, porque não dizer, entediante. Deste ponto divergem capacidades de comunicar para o público, com profissionais de jornalismo e comunicação científica. Entretanto, ainda estamos longe de contar histórias cativantes e impactantes sobre o status da biodiversidade para nossos tomadores de decisão, uma das minhas áreas de grande interesse profissional. Continue lendo “Era uma vez, em um reino muito distante…”